"Se as escutas fossem conhecidas, acabava-se o romance"

Presidiu ao Supremo Tribunal de Justiça durante quase sete anos. Dos casos mais polémicos, Noronha Nascimento recorda as escutas a José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, que mandou destruir. Diz estar convencido de que ainda existem cópias destas conversas e afirma que, se fossem conhecidas, "acabava-se o romance".
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Em entrevista ao Gente que Conta, programa conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, Noronha Nascimento faz um balanço dos dois mandatos à frente do Supremo, que deixou este mês, seis meses antes de completar 70 anos.

Afirma que as escutas que lhe chegaram para validar, por estarem envolvidos o anterior primeiro-ministro e o atual, Pedro Passos Coelho, foram tecnicamente fáceis de decidir. E diz que as escutas a Passos Coelho e José Maria Ricciardi foram mantidas não por suspeitas em relação ao primeiro-ministro, mas porque "podem ter interesse na investigação em relação a outras entidades".

Numa análise ao sistema judiciário português, elogia o novo Código de Processo Civil, mas discorda do modelo de gestão previsto para os novos tribunais. Sobre a atualidade nacional e internacional, diz que os países do sul da Europa, incluindo Portugal, devem "agir em consonância para sair da crise".

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